Coleta de dados - As empresas recolhem grandes quantidades de dados sobre as nossas atividades online, incluindo websites que visitamos, compras, interações com anúncios, dados de localização e informações demográficas.
- As plataformas de mídia social coletam dados pessoais, como fotos, interesses pessoais e conexões sociais.
- Muitos aplicativos e serviços exigem acesso à nossa localização, microfone e câmera, muitas vezes sem uma justificativa clara.
- A coleta pode ocorrer sem consentimento informado ou medidas adequadas de criptografia e segurança, levando a violações de dados e acesso não autorizado.
Agregação e criação de perfil de dados - Os dados coletados são frequentemente agregados e analisados para criar perfis de usuário detalhados, prevendo preferências, comportamentos e até estados emocionais.
- A criação de perfis permite publicidade direcionada e recomendações personalizadas, mas também pode levar à discriminação, estereótipos e manipulação.
- As empresas podem fazer inferências sobre atributos sensíveis como raça, religião, orientação sexual e crenças políticas com base em informações aparentemente não relacionadas.
Vigilância e rastreamento - As atividades online podem ser monitorizadas em vários dispositivos e plataformas, criando uma imagem abrangente dos nossos comportamentos e interesses.
- Cookies, pixels e outras tecnologias de rastreamento monitoram nossos movimentos online, mesmo nos modos de navegação anônima ou privada.
- Nossas informações pessoais podem ser compartilhadas e vendidas a terceiros sem nosso conhecimento ou consentimento.
- As tecnologias de vigilância utilizadas por governos e agências de aplicação da lei podem infringir a nossa privacidade, liberdade de expressão e direito de reunião.
Falta de transparência e controle - As políticas de privacidade são frequentemente complexas, difíceis de compreender e sujeitas a alterações sem aviso prévio.
- Muitos serviços exigem que concordemos com termos de serviço e políticas de privacidade abrangentes para acessar seus recursos.
- Muitas vezes temos controle limitado sobre quais dados são coletados, como são usados e com quem são compartilhados.
Violações de dados e vulnerabilidades de segurança - As violações de dados podem expor informações confidenciais, levando ao roubo de identidade, perdas financeiras e danos à reputação.
- Vulnerabilidades de segurança podem ser exploradas por invasores para acessar, modificar ou excluir nossas informações pessoais.
- Senhas fracas e falta de autenticação multifatorial aumentam o risco de acesso não autorizado.
Publicidade direcionada e manipulação - Os dados coletados podem ser usados para criar anúncios e ofertas personalizadas, moldando nossos padrões e crenças de consumo.
- As plataformas online utilizam técnicas psicológicas e elementos de design persuasivos para influenciar os nossos comportamentos.
- A publicidade direcionada pode ser invasiva, minar a nossa autonomia e explorar vulnerabilidades para obter ganhos comerciais.
Erosão das normas e expectativas de privacidade - A difusão da recolha e vigilância de dados levou a uma normalização das invasões de privacidade.
- A mudança de atitudes sociais e a conveniência da tecnologia podem reduzir a sensibilidade às preocupações com a privacidade.
- A geração mais jovem, habituada a partilhar, pode ter expectativas de privacidade diferentes das gerações mais velhas.
Implicações para justiça social e equidade - Os riscos de privacidade afectam desproporcionalmente as comunidades marginalizadas, que podem estar sujeitas a uma maior vigilância e à discriminação de dados.
- Os grupos vulneráveis, incluindo crianças, idosos e indivíduos com baixos rendimentos, podem estar menos conscientes dos riscos de privacidade ou menos capazes de proteger os seus dados.